terça-feira, 28 de novembro de 2006
Murro na mesa
Quando comecei este blog aquilo que estava subjacente era que fosse uma espécie de diário, onde tomava nota daquilo que considero importante, quer a nível de acontecimentos, quer a nível dos meus pensamentos, pontos de vista e posições sobre assuntos, fossem eles quais fossem.
Pontos de vista meus, MEUS!, independentemente do que as outras pessoas pudessem pensar ou julgar.
Puro engano. Um blog, por natureza, nunca foi nem nunca será um diário íntimo, igual aos que temos quando somos crianças ou adolescentes. Porque, por hipótese, pode ser SEMPRE lido por outras pessoas. E isso condiciona, caramba! Porque temos sempre receio daquilo que os outros possam pensar de nós, fruto das nossas atitudes e pensamentos aqui reflectidos.
Tudo isto porquê? Porque tenho medo da pessoa em quem me estou a tornar. Bolas, tantos conflitos interiores na adolescência, tantas dúvidas existenciais, tantas perguntas sem resposta tinham que dar nisto.
O facto é que a minha Mãe está a ficar doente e eu não sei lidar com a velhice... Tanta falta de paciência, tantos maus modos, porquê? Porquê que eu não posso continuar a ser a filha que sempre fui, preocupada com a Mãe, com medo do que lhe pudesse acontecer, porquê?
Eu sei que um dia vou-me arrepender das minhas atitudes, sei.
Também sei que tenho que me modificar, enquanto é tempo...
Sei mas... Quando?
 
posted by Papoila at 16:03 | Permalink | 0 comments
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
Ainda hoje de manhã
lembrei-me de qualquer coisa que se me varreu...
 
posted by Papoila at 10:56 | Permalink | 0 comments
Coisas que me irritam II
Erros de Português. Escritos, falados ou lidos... Ai que nervos!!!
 
posted by Papoila at 10:56 | Permalink | 3 comments
quarta-feira, 22 de novembro de 2006
Ah!
E aos defensores das touradas digo simplesmente "também era tradição na Roma antiga atirarem os cristãos aos leões!"
 
posted by Papoila at 16:57 | Permalink | 0 comments
Politicamente (in)correcto
Porque me irrita (olha, este post se calhar e afinal podia estar na categoria "Coisas que me irritam"... Oh well...) essa história do politicamente (in)correcto, o espírito de manada quer em atitudes quer em convicções, cá vai a minha lista de opiniões contra-corrente:

1. Não gosto de música brasileira. Ah e tal, há música boa, como Elis Regina, Tom Jobim, etc. Ok, aceito! Mas eu não gosto, ok? Irrita-me (cá está!) a sonoridade brasileira. Quando era adolescente gostava, agora, talvez pelo excesso, irrita-me.

2. Sou contra o aborto. E não tenho que explicar porquê, a ninguém. E vou votar contra.

3. Férias em bolhas inócuas camufladas de resorts (pff!) não me dizem absolutamente nada. Praias boas há cá muitas, é preciso é não ser provinciano.

4. Gosto muito do Cavaco e de tudo o que ele fez pelo país. Ok, também não gosto do Santana Lopes.

5. Não li o Código da Vinci! Oh, perdão, perdão!!! (será que vou arder no Inferno?)
 
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sexta-feira, 17 de novembro de 2006
Que raio!
Então não é que agora o gajo deu em que não gosta dos meus beijos???

Ontem à noite, depois do trabalho:
"Já me deste um beijo hoje???" (ele que não é nada destas coisas, nem eu - era mais deixei de ser por influência de sua excelência. E tá-se bem)

"Ai tão querido!"

*Chuack!*

"Isso não foi um beijo, foi um linguado!"

Ai o caraças....

"Olha, e quem é que começou??????"

Pronto, vai mais um beijinhosemlínguas...


Ora esta...
 
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quinta-feira, 16 de novembro de 2006
Simplesmente
 
posted by Papoila at 17:01 | Permalink | 0 comments
Coisas que me irritam I
As pessoas perguntarem-me algo sem sequer se darem previamente ao trabalho de procurar, por elas próprias, a resposta...
 
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quarta-feira, 15 de novembro de 2006
A Cat*
do 100nada (que eu não conheço e espero que, se por um qualquer acaso do destino ela cá vier parar, não se chateie com esta... familiarid... este... tu-cá-tu-lá!, como se eu a conhecesse de algum lado!) é muito esperta!

Ou então sou eu que sou muito loira, porque só à coisa de 2/3 dias é que descobri a forma automática de pôr a lista de links a blogs por ordem alfabética! Já tinha pensado que gostava de ter a lista direitinha como deve ser. Mas "epá, depois faço isso...". Pronto, lá vi uma opçãozita nos settings do template do camandro ó do caneco ó do catano que permite ordenar alfabeticamente.

E então, a Cat é muito esperta porquê? Ah, porque só com um blog cujo título comece pelo número 1 é que vem logo logo no início da lista!

Ah pois é!

* Eu não gosto de titular as coisas. Neste caso podia chamar muito originalmente "Post sem interesse nenhum"
 
posted by Papoila at 17:36 | Permalink | 0 comments
A minha sobrinha M2
está na escolinha há já algum tempo. Conta-me a minha irmã que, por estes dias, tiveram (ela e os colegas de sala) que desenhar a família que vive com eles, a pessoa que se zanga mais e a pessoa mais alegre.

Orgulho de tia: a mais alegre sou eu!!!! E nem os vejo tantas vezes como gostaria, não moram ao lado como a minha sobrinha M1...

Quem se zanga mais? A mãe... E parece que é "mal" generalizado!

(baba, baba)

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segunda-feira, 13 de novembro de 2006
Pai
não é fácil, sabe? Crescer no meio de uma família numerosa, que eu adoro, mas onde se sente sempre que os Pais não se amam.

Crescer filha de um casal diferente dos padrões habituais à época. Porque hoje em dia tudo é normal, praticamente. Pais casados, pais separados, pai mais velho, pai mais novo, irmão da parte da mãe irmão da parte do pai irmão da parte de ninguém...

Tudo é aceitável hoje em dia, ou fui eu que mudei as lentes?

Mas há quê?, 20 anos atrás tudo era diferente. E claro, só notei a diferença quando fui para a escola primária. E essa (essas!) diferença acompanhou-me sempre, sempre, até ao final da adolescência. Primeiro não sabia que era diferente o ter uma Mãe mais velha. Sabia apenas que era mais velha que o normal. E por causa disso desde nova, desde demasiado nova, que tive medo da morte. Não da minha, mas das pessoas que me rodeiam. Na altura da da Mãe, que era, por um lado, a pessoa que estava sempre (sempre!) comigo e, por outro, a pessoa que eu sentia mais vulnerável e mais frágil por causa da idade. Não que eu não gostasse de si, longe disso. Era, e é, o meu Pai. A pessoa mais inteligente que eu conheço. A pessoa que sabia tudo, todas as respostas a todas as minhas perguntas e ainda assim respondia-me sempre que eu perguntava o significado de alguma palavra "Já foste ver ao dicionário?". Deve ser por isso que ainda hoje sou tão curiosa e gosto tanto de desfolhar enciclopédias. Mas continuando, não que não gostasse de si ou não tivesse medo de o perder. Simplesmente acho que essa hipótese não se punha na minha cabeça. O Pai era o Pai! Sabia as respostas todas, sabia o nome de todas as árvores, de todos os animais, de todas as estrelas. Sabia distinguir os cogumelos bons dos venenosos, era incapaz de matar uma aranha que fosse (infelizmente essa qualidade eu não consegui adquirir...), ia à pesca de noite sozinho (sozinho!!!), tirava-nos fotografias com uma máquina toda XPTO e viajava em trabalho e trazía-nos coisas que mais ninguém tinha... Acho que para mim era como se fosse imortal...

A Mãe... era mais velha, mais fraca, volta e meia com os seus achaques. E depois as discussões... Não que tenha ficado traumatizada, longe disso. Quer dizer, não suporto discussões, ainda, mas acho que é normal, ninguém gosta não é? Muito menos se envolverem gritos. Sou extremamente sensível e com os nervos à flor da pele (tudo, tudo! me faz chorar) mas acho que simplesmente... sou assim! Não é concerteza fruto das discussões (tantas, tantas...) a que assisti.

Mas tinha sempre medo que a Mãe se fosse embora, de uma maneira ou de outra... Aliás, não foram poucas as vezes que ela o ameaçou fazer, nem foram poucas as vezes que foi para o hospital com os tais achaques... O Pai não, o Pai estava sempre lá, nunca fez uma ameaça deste tipo.

É certo que era o mais exigente, em tudo. Sei lá, parece que tinha (tinhamos será mais apropriado) obrigação de ser perfeita. Na escola principalmente. Era o encarregado de educação, apesar de ser a Mãe que ia à escola quando havia algum problema com algum de nós (problema esse que invariavelmente tentávamos todos que o Pai não soubesse) e de ser também a Mãe que ia às reuniões de final de período. Mas a correspondência, essa, vinha para si. Negativas nos testes? Deus nos livre! Daí o meu perfeccionismo? Não sei... E quando era a hora das refeições? O que eu era um pisco para comer... E o Pai e insistir, insistir, insistir para eu comer... Antigamente não havia aquelas teorias todas que há hoje em dia sobre educação, que não se deve insistir, se a criança não quer mais não come blablabla. Eu isso subscrevo na íntegra, mas também acho que o comer é um hábito, que como todos os outros também se educa. Um bebé quando nasce não conhece o sabor dos espinafres, porque raio é que há-de gostar mais de doces???

Bom, mas tudo isto para dizer que gosto muito de si, apesar de nunca o ter dito...

Tenho um orgulho IMENSO na pessoa que é, na educação que me deu e nos horizontes de me alargou.

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posted by Papoila at 17:05 | Permalink | 0 comments
Tal como
quando acordamos de manhã sem vontade de enfrentar o dia, um bom banho faz milagres, também a cara lavada deste blog me dá vontade de cá voltar.
 
posted by Papoila at 16:47 | Permalink | 0 comments
sexta-feira, 3 de novembro de 2006
E
o que fazer quando se é uma má filha?

...
 
posted by Papoila at 12:48 | Permalink | 0 comments