Desde quando é que é tradição em Portugal abrir as prendas à meia-noite? Já para não falar daquelas casas onde abrem as prendas mal acabam de jantar porque os meninos estão a ficar impacientes e cheios de sono. Se estão cheios de sono vão para a caminha e abrem de manhã, que assim é que é e o Pai Natal ou o menino Jesus só entregam as prendas quando os meninos dormem. É ou não é? Pelo menos comigo sempre foi assim e eu não sou assim tão velha...
E desde quando é que as pessoas têm que saber "aquela camisola horrorosa foi a tia Etelvina que deu" e "quem é que me deu estas meias???"
Que raio de novas manias, querem abrir logo as prendas, saber quem as deu, quanto custou...!
Porra pá, a seguir é o quê? Compram vocês as prendas, embrulham, dão à tia Etelvina e dizem-lhe "Tia, esta é a sua prenda para mim"???
Tenham lá calma, hoje em dia é tudo a correr até o Natal? Ao menos um dia no ano abrandem o ritmo e aproveitem...

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O que eu gostava mesmo era que aquilo que eu sinto cá dentro de cada vez que faço a árvore de Natal e à noite, quando a casa está em mergulhada silêncio e escuridão, olho para aquelas luzes, perdurasse para todos os anos.
Parece que cada ano que passa se desvanece um pouco, aquele aconchego interior ao olhar a árvore com as luzes a piscar. Parece que cada vez mais as memórias, os sentimentos de infância, aquilo que representa para mim uma simples árvore diminui com o passar do tempo. E não volta...

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