Aos 29 anos, hospedeira numa companhia aérea do Dubai (onde também vive), dedica os seus "tempos livres" à ONG The Dhaka Project, uma obra de solidariedade e auxílio a crianças (e respectivas famílias) no Bangladesh.
Sem qualquer tipo de apoio governamental, é com o seu ordenado que paga os salários a cerca de 50 pessoas, ao mesmo tempo que lhes providencia formação profissional. As ajudas às rendas das casas estão dependentes da ida das crianças à escola, hábito difícil de enraizar, visto que naquele paupérrimo país estas mesmas crianças ainda são vistas pelos pais como fonte de rendimentos.
Outro hábito que não existe é o da "recolha" do lixo. Este é simplesmente lançado nas ruas, contaminando águas e solos. Maria ensina-os a não o fazer, pondo ela mesma mãos à obra e ajudando-os a limpar as ruas e terrenos.
Através também dos seus muitos conhecimentos como hospedeira, os donativos vão chegando, e 600 crianças foram já vacinadas contra a poliomielite e a hepatite.
Uma mulher portuguesa, pois então, com um bom emprego, que lhe garante um bom salário e uma vida de luxo num dos países mais ricos do mundo. Não foi capaz de ficar indiferente à miséria num dos países mais pobres do mundo e deitou mãos à obra. Admiro-a por isso.
Houvesse mais seres humanos assim e o mundo seria um local bem melhor para se viver.
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Por acaso, vi ontem na RTP1 parte da reportagem que abordou a nobre missão de Maria no Bangladesh...
Sem dúvida, uma grande mulher e um grande exemplo para todos nós...